23 novembro, 2010

PAUL McCARTNEY: LIVE AND LET DIE!

Desde os meus tempos de moleque, sonhava em ver ao vivo ao menos 3 bandas/ cantores: Ultraje a rigor, Beatles e Mutantes. O Ultraje era relativamente mais fácil, e consegui vê-los pela primeira vez em 1999 em um show no Centro Cultural São Paulo (SP), com direito a visita no camarim e tudo mais. Como ver os Beatles seria impossível, restava-me assistir algum dos integrantes ao vivo. Quase consegui isso em 1993, mas uma recuperação no colégio me impediu.

Os Mutantes, assim como os Beatles, dificilmente eu veria, cheguei até assistir alguns shows de Sérgio Dias, mas tudo mudou no dia 25/01/2007, quando os Mutantes finalmente se reencontraram para um show antológico no Parque da Independência em São Paulo.

Faltava os Beatles. A vontade era tanta que, na falta dos originais, buscavamos saciar a vontade com os covers como o Beatles 4ever ou até mesmo tocando músicas do quarteto de Liverpool em bandas de garagens ou aniversários.

Boatos e boatos sobre a vinda de Paul McCartney ao Brasil sempre apareceram, ano após ano, dizia-se que no próximo ele viria, mas nunca acontecia. Até a real confirmação em setembro. Não podia acreditar.

Tal como na F-1, o jeito foi comprar os ingressos no primeiro dia, nos primeiros instantes em que a compra foi liberada. Dito, feito e confirmado, apesar dos problemas decorrentes do site de compras. Um mês era o que faltava para o show, mas antes disso tinha corrida em Interlagos, provas na faculdade e por aí vai.

Só fui pensar no show mesmo no sábado pela manhã, quando finalmente caiu a ficha que veria Paul McCartney, ao vivo, na minha frente. Um quarto dos Beatles ali representado, que no final acabou sendo bem mais do que só 1/4, quando foram feitas as homenagens através de músicas e balões brancos.

Com uma lua cheia de testemunha, o velhinho de 68 anos mandou vem em clássicos que fizeram literalmente o Morumbi tremer. Uníssonos, músico e platéia cantavam juntos e vibravam a cada instante. Era visível a felicidade e a emoção de todos.

Jet, All my Loving...o coro, a dancinha hilária de Abe, o baterista, a tentativa de Paul falar em português... como esquecer de Something, My Love, The long and widding road? Como não se emocionar com Hey Jude cantada a plenos pulmões por todos. E Yesterday? I've just seen the face?

Como não ouvir e se espantar com Helter Skelter, Sgt Peppers e The End? Como não ficar encantado com Live and Let Die e Band on the run? Como esquecer um dia desses?

As memórias e o som das músicas ainda preenchem um espaço consideravel de mim. Tudo soa Beatles, tudo soa Paul McCartney.

Obrigado, por realmente me fazer feliz.

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