23 setembro, 2016

VIVER É SE ADAPTAR



Com esta frase, emprestada de Euclides da Cunha, analisamos o atual contexto do trabalhador. Nunca antes na história se exigiu tanto em termos de competências básicas (inglês e pós-graduação não são mais diferenciais, são commodities). As empresas buscam desesperadamente colaboradores já preparados desde sempre uma vez que, por conta da velocidade e do dinamismo do mercado, não conseguem mais dar conta de treinar e preparar.

Por outro lado, o colaborador se sente perdido nas escolhas. Como abraçar tudo isso e ainda ter vida social? Fazer faculdade, aprender, viver... tudo parece difícil, tudo parece distante. E, no infringir das palavras, parece que quanto mais se aprende, menos a pessoa sabe. Pronto, temos a receita para o desespero.

Antes de mais nada, é preciso ter calma. Calma para entender que aquilo que muitas vezes criticamos pode ser o maior aliado. Hoje temos tanta tecnologia disponível ao nosso alcance que devemos utilizá-la a nosso favor. Deixar um pouco de lado só o uso de redes sociais para focar em ambientes virtuais de aprendizagem é fundamental para você ter vantagens competitivas de carreira.

Assim, adaptando-se às novas demandas de mercado, juntando com atitudes pró-ativas, você alcançará seu lugar ao sol, com muito destaque! Saia da mesmice, deixe o comodismo de lado e seja feliz!

21 setembro, 2016

8 gafes no WhatsApp que atrapalham a sua imagem profissional*

* Por Claudia Gasparini


Via de regra, redes sociais se dividem claramente entre pessoais e profissionais: é quase consenso que plataformas como Facebook e Instagram pertencem ao primeiro grupo, enquanto ferramentas como o LinkedIn se enquadram na segunda categoria.

Mas como você classificaria o WhatsApp? Com cerca de 100 milhões de usuários no Brasil, o aplicativo é tão onipresente quanto multifuncional: serve não apenas para manter o contato com familiares e amigos, mas também para conversar com colegas de trabalho, chefes, subordinados e clientes.

A ambiguidade do app tem dado margem a uma infinidade de confusões no mundo corporativo, diz Leandro Bittioli, gerente da consultoria Talenses. Segundo ele, usar o WhatsApp para fins profissionais torna a comunicação muito mais fácil e rápida, mas é preciso ter cuidado para não exceder certos limites e, assim, arranhar a sua reputação.

O maior desafio está em usar a mesma ferramenta para finalidades diferentes, alternadamente: pode ser que, logo após mandar uma piada debochada para um amigo, você precise enviar uma resposta formal à solicitação de um cliente. Tudo em poucos segundos, usando o mesmo aplicativo.

Também é preciso considerar a extrema facilidade com que se manda um recado pelo app — o que leva muita gente a dizer coisas sem pensar — e o falso distanciamento trazido pela tecnologia, que mascara o peso de certas falas e atitudes.

Confira a seguir 8 deslizes envolvendo o WhatsApp que podem comprometer a sua reputação profissional:

1. Mandar mensagens fora do horário do expediente 
Nenhum empregador gosta que seu funcionário atrase suas tarefas por passar muito tempo conversando no WhatsApp sobre assuntos pessoais. O contrário também deve valer: não é permitido assediar a equipe com cobranças via app no seu período de descanso. “É claro que há exceções, sobretudo se for algo muito esporádico e o assunto for realmente urgente”, diz Bittioli. Mas a facilidade para enviar mensagens não autoriza invasões.

Segundo Maria Aparecida Araújo, consultora de etiqueta empresarial, mandar mensagens fora do expediente não é apenas uma gafe: a prática pode até render processos trabalhistas por horas extras não remuneradas. “Alguns chefes esquecem que o WhatsApp deixa registros, que podem ser usados como provas perante a Justiça”, explica.

2. Trocar o “olho no olho” por balões de texto
Esta mesma orientação vale para WhatsApp, e-mail ou qualquer outra ferramenta online: não abandone as interações presenciais em nome da (inegável) praticidade de se enviar mensagens por escrito.

Isso se aplica especialmente a conversas importantes, como feedbacks para a equipe ou negociações delicadas com clientes e fornecedores. De acordo com Araújo, o aplicativo funciona muito bem para recados rápidos e simples. “Para todas as outras situações, prefira sempre o olho no olho”, diz a consultora. Só assim você terá recursos como tom de voz e linguagem corporal para aprofundar a conversa e evitar mal-entendidos.

3. Mandar piadas, frases de autoajuda ou “desabafos” sobre política
Antes de enviar um conteúdo engraçado para colegas, chefes e subordinados pergunte a si mesmo se você compartilharia aquilo com eles presencialmente. Dependendo do tipo de humor, piadas podem soar inadequadas e até ofensivas. Correntes, frases "inspiradoras" e comentários inflamados sobre política também podem causar irritação, diz Araújo.

Mensagens descontraídas ou alheias ao trabalho não são proibidas — mas é preciso avaliar se você realmente tem intimidade com o destinatário antes de apertar o botão “enviar”. “A mesma etiqueta que você tem presencialmente vale para o WhatsApp”, resume Bittioli. “No escritório você às vezes quebra o gelo, mas respeita um certo limite”.

4. Visualizar e não responder 
O WhatsApp notifica a leitura de todas as mensagens: assim que elas são visualizadas pelo destinatário, aparecem com dois risquinhos azuis ao lado. Essa “delação” pode causar muitos conflitos, inclusive no contexto profissional. "Pega mal visualizar e não responder à mensagem de um chefe ou cliente, por exemplo", diz Bittioli. Mas e se demora para responder for por pura falta de tempo ou porque quer preparar bem sua resposta?

Para o gerente da Talenses, a melhor saída é desabilitar a função de notificações de leitura: assim, nem você e nem os demais saberão quando as mensagens foram vistas. Para a consultora de imagem Renata Mello, também é possível manter as notificações, mas responder alguma coisa assim que possível. “Diga que no momento está ocupado, mas que dará um retorno em breve”, explica ela.

5. Confundir destinatários 
Com a pressa e a distração do dia a dia, não é difícil mandar mensagens para as pessoas erradas. Segundo Bittioli, é preciso ter atenção máxima antes de apertar o botão “enviar” — um cuidado que vale especialmente para quem participa de muitos grupos no WhatsApp.

Em alguns casos, a confusão não traz grandes consequências. Em outros, diz Mello, o vexame pode manchar a sua imagem profissional por tempo indeterminado.

6. Usar uma foto de perfil inadequada 
A maioria das pessoas sabe que não deve usar uma foto pessoal tirada na praia como avatar no LinkedIn. Se você se comunica por WhatsApp com outros profissionais ou clientes, não se esqueça de que o mesmo vale para o seu perfil no aplicativo.

Não precisa ser uma foto tão séria quanto a do LinkedIn: basta uma imagem neutra. Para preservar sua privacidade e evitar constrangimentos, diz Mello, também é bom evitar fotos em trajes sensuais.

7. Errar a mão nos emojis
Um dos recursos mais populares do WhatsApp é o imenso acervo de carinhas e ícones divertidos que você pode adicionar às suas mensagens. Os “emoticons” são aceitáveis numa interação profissional, mas é melhor usá-los com parcimônia — até porque, em alguns casos, o tom da conversa exige sobriedade.

“Se for usar, fique apenas com os ‘emojis’ mais básicos e universais”, recomenda Mello. “De qualquer modo, evite mandá-los com muita frequência ou em grande quantidade”.

8. Tropeçar no português
A redação de um e-mail costuma exigir mais tempo e concentração do que a produção de uma mensagem de WhatsApp. Essa rapidez faz com que muitos usuários a cometam erros de gramática e ortografia na comunicação pelo aplicativo, o que pode comprometer a sua imagem profissional.

A ferramenta de autocorreção pode parecer salvadora nesses momentos, mas também pode virar um problema. A palavra original pode ser substituída automaticamente por outra muito diferente, e gerar constrangimento dependendo da troca. A regra é a mesma que vale para e-mails: revisar atentamente todo e qualquer texto antes de enviá-lo.

09 setembro, 2016

ADMINISTRADOR DE EMPRESAS, SIM!

Cada vez mais ciente das novas exigências do mundo, o Administrador de empresas tem como finalidade Planejar o futuro organizacional, adequando os recursos necessários às necessidades da empresa. Além disso, cabe a ele alocar os melhores profissionais para desempenhar as melhores funções de acordo com o seu perfil.

Pode parecer complexo, mas o Administrador de Empresas tem a competência de transformar grupos em equipes, sonhos em realidades. Por conta disso, escolhi ser Administrador de empresas.

No 51º ano de regulamentação da nossa profissão, o que me vem a cabeça são todos os conceitos que aprendi lá na faculdade, a forma como o mundo se transformou e como eu aplico os mesmos conceitos hoje, para uma geração com gostos e interesses completamente distintos.

Posso dizer, com orgulho, que Administrar empresas e pessoas, é um dom. E este dom deve ser compartilhado com todos que também desejam trabalhar, realizar, inspirar e transformar, assim como eu.

À todos os Administradores de Empresas que foram meus alunos e os meus alunos, que serão os próximos administradores de empresas, minha felicitação pelo nosso dia!


Juramento do Administrador de Empresas

08 setembro, 2016

A gente não é lego!*

* Por Paulo Ancona


Peças planejadas, encaixes perfeitos, tamanhos modulares, material de qualidade, desenhos e modelos de como montar desenvolvidos por especialistas. Sim, a vida num mundo Lego é perfeita. Se queremos montar um carro, um boneco, uma casa, um projeto mais complexo, só necessitamos de técnica e dicas de montagem e ficará tudo perfeito, lindo, colorido, sólido. Mas, "a gente não é Lego!".

Somos seres complexos, diversos, sem encaixes planejados. Não vivemos tecnicamente e sim a partir de nosso repertório de vida, nossas experiências, cultura, educação, personalidade, quem sabe, até de acordo com as características do signo sob o qual nascemos e, principalmente, pelas nossas emoções e sentimentos.

O encaixe entre as pessoas nem sempre é fácil. Não escolhemos quem iremos encontrar na vida pessoal. Somos diferentes de nossos pais, nossos irmãos e ainda mais das pessoas que trabalham conosco.

Não sendo Lego, os encaixes só se darão com flexibilidade, renúncia, adaptações, aceites, com o abrir mão de algumas premissas, com paciência e, acima de tudo, com a vontade de nos encaixarmos, seja com a pessoa ou o grupo que for ou que escolhemos.

Aprender coisas técnicas é fácil, mas as peças não são coisas técnicas e aí tudo se torna mais complicado.

Se o ajuste entre duas pessoas já requer tantas concessões, que dirá entre um grupo, um time, todas as pessoas que compõe uma empresa? Sim, porque uma empresa é composta por pessoas e a partir delas é que se desenvolve todo o resto.

Cabe a nós, gestores, saber moldar essas peças, ajustá-las, criar as melhores condições e convencê-las de que os encaixes são possíveis, mesmo entre peças de formatos, cores e texturas tão diferentes. Para isso, é preciso, antes de mais nada, que cada um tenha a boa vontade de se tornar “encaixável” e não exigir que a outra peça se molde a ela. Isso significaria anular a outra peça, criar algo que não é, e aó o projeto final não ficaria sólido o suficiente para se sustentar.

Abrir mão de parte de suas exigências e aceitar o modelo alheio é a base de algo muito difícil: a convivência. Isso vale para a construção de relacionamentos e para o sucesso das empresas!

06 setembro, 2016

4 passos para seu currículo fisgar o recrutador em segundos*

* Por Luisa Granato


Se seu currículo fosse um trailer, você teria vontade de assistir ao filme? Com tantas opções, no cinema e na Netflix, e tão pouco tempo para ver tudo que existe de bom por aí, ganham mais audiência aqueles títulos com os melhores trailers.

Afinal estes resumos, quando bem amarrados, dão um gostinho de quero mais e sempre ficam na memória. Um currículo bem feito tem o mesmo efeito num recrutador.

Como um trailer, o currículo é uma primeira impressão e, no breve momento de leitura que tem o recrutador (e são só alguns segundos), é preciso mostrar quem é você.

Para descobrir como melhorar o documento, tornando-o mais atraente, EXAME.com consultou especialistas que diariamente leem centenas de currículos.

Confira as dicas para sua apresentação ficar mais interessante e sua leitura mais ágil:

1. Pessoal, mas nem tanto

Para começar, no cabeçalho, a informação pessoal é a primeira coisa que o recrutador vai ler.

Para Caroline Cadorin, gerente geral da Hays Experts, é importante colocar os dados que já situem o recrutador do seu tipo de perfil. Então, além do seu nome, idade e contatos, vale colocar, em seguida, a graduação e conhecimento de idiomas.

Na hora de falar de si mesmo, é melhor tomar cuidado: evite autoelogios. Segundo Gabriel Santos, gerente das divisões de finanças, tributário e jurídico da Talenses Rio de Janeiro, a personalidade do candidato vai ser avaliada durante a entrevista e o que está escrito no currículo pode ser posto à prova.

2. A seleção dos melhores momentos

Depois vem o resumo da experiência de trabalho. Com concisão, você deve selecionar e descrever os momentos de destaque na sua carreira em poucas linhas.

“Aqui você precisa passar uma ideia rápida de você, para fisgar quem lê”, diz Caroline. “Coloque as informações que o diferenciam, como seu papel em projetos e experiências internacionais”.

Bom senso é a recomendação da recrutadora. Ser enxuto demais também é ruim. Na descrição é bom colocar o nome da empresa em que trabalhou e sua área, tamanho, tipo de mercado e sua função no lugar. “Assim dá uma percepção de onde está incluído no mercado”.

3. As palavras - e o tempo - a seu favor

Coloque sua experiência de trabalho completa em seguida, disposta em ordem cronológica, do emprego mais recente para os mais antigos. Os dois especialistas consultados chamam atenção para o cuidado com questão temporal.

A gerente da Hays avisa que datas bagunçadas podem confundir o recrutador durante a leitura, já Santos lembra que todas as informações serão verificadas, então é bom ser organizado.

Erros de português também devem ser eliminados. Quanto a usar palavras em inglês, o gerente da Talenses pede parcimônia. “Use com coerência os termos em inglês que competem a sua área, quando for necessário e sempre entre aspas”.

As palavras são sua ferramenta na hora de escrever um currículo de destaque. E para os recrutadores na hora de buscá-los. Então, pense em como vai usar palavras-chave que remetam ao cargo que anseia.

“Não existe regra para isso, mas não deixe de usar palavras relacionadas a sua área”, explica Caroline. “Não é para mentir, mas combinar as informações para que elas o beneficiem na busca”.

4. A estética que os recrutadores amam

Não pense que o recrutador vai prestar mais atenção no seu currículo por ser mais colorido e com design inovador. Gabriel Santos recomenda seguir os modelos tradicionais. “A informação deve ser bem estruturada e limpa”.

Os dois especialistas concordam nesse aspecto. “Prefiro um currículo que tenha aparência limpa e com as informações necessárias”, acrescenta Caroline. “Tenho que acreditar nele e ter uma leitura agradável”.

Leia o seu próprio currículo com um olhar crítico. Ele chama a sua atenção? Foi prazeroso ler?. “Você tem que pensar como alguém que está recebendo e avaliando aquele material. Afinal, ela tem 30 segundos para entender seu perfil”, diz Caroline.

05 setembro, 2016

O currículo, como o conhecemos, está com os dias contados

* Por Marcelo Braga

O currículo é um registro do passado, que será substituído inevitavelmente por plataformas digitais onde o candidato irá atualizar informações, incluir conquistas e desafios alcançados. O CV perderá espaço para outras ferramentas de avaliação, muito mais efetivas.

Esqueça os currículos longos, cheios de informações detalhadas e desnecessárias, ou aqueles que de tão resumidos sequer informavam o básico sobre o candidato. Aliás, esqueça o currículo como o conhecemos. Ele está com os dias contados.

Muitos se preocupam com o formato, tamanho, estilo de letra. No entanto, o que mais importa é a maneira como se conta a história profissional. A informação é que precisa ser adequada, confiável e completa. Obviamente existem áreas onde a parte criativa é fundamental. Nelas um documento anexo ao CV, onde são listados os aspectos mais específicos, sempre será importante.

Mas qual será a alternativa ao currículo como o conhecemos? As informações auxiliadas com outros instrumentos de avaliação, como testes, certificações, entrevistas virtuais, avaliações comportamentais serão os meios de recrutamento no futuro breve.

Para substituir o papel, o ideal é ter uma plataforma onde essa informação seja atualizada, consultada e avaliada, e onde o candidato possa ao longo do tempo inserir conquistas e desafios alcançados, o que em alguns casos já ocorre no recrutamento online.

Como headhunter, enxergo o CV como algo que diz sobre o passado, as ações já realizadas pelo profissional. Assim, não há necessidade de ficar alterando o passado, buscando a melhor forma de comunicar a mesma informação. Inclusive se todos os documentos tivessem o mesmo formato, seria ideal para que o conteúdo pudesse ser comparado.

Este inclusive é um dos princípios de aplicativos como a REACHR, pois quem acessa a plataforma preenche um cadastro a partir do qual os dados começam a ser analisados e selecionados pelo algoritmo, que na sequência inicia o cruzamento do perfil dos candidatos com as vagas disponíveis. Assim é possível comparar informações e avaliar possíveis distorções, buscando sempre o candidato ideal para a empresa.

E quem está em início de carreira? Quem está procurando estágio e quer se mostrar mais atraente para o mercado, visto que não tem tanta informação para incluir no currículo, deve lembrar que está em pé de igualdade com os demais profissionais que estão se formando. Todos estão no mesmo estágio de vida, inclusive. A diferença estará em aspectos como atividades extras e competências comportamentais, ou seja, não será o CV a vantagem competitiva do candidato neste caso.

O currículo formal é um sumário das conquistas até um determinado momento. É preciso pensar à frente. Para iniciar a procura de um estágio, o jovem deve começar antes a traçar uma carreira com conquistas em todos os âmbitos. Entender as necessidades do mercado em aspectos comportamentais, postura e questões técnicas. Atuar em outras áreas que não somente a sua, como práticas esportivas, apoio à comunidade, enfim, atividades que possam mostrar um pouco mais sobre a pessoa do candidato.