21 junho, 2016

Você sabe seu valor no mercado? 4 dicas para manter o emprego na crise

* Por Daniela Lago

Em meio a um Brasil incerto, com uma grave crise econômica que vai se estender pelo menos até o próximo ano, observo muitos profissionais buscando garantias de emprego, renda, crescimento e relacionamentos profissionais.


Acho difícil conseguir essas garantias. Além do mais, elas são apenas superficiais. Não podemos, e nem devemos, contar com elas em nossas carreiras. Neste momento tão incerto, com quem podemos contar?

É fato que nesses últimos anos a relação entre empresa e colaborador estava, devido à falta de mão de obra, favorável para o colaborador.

Com vagas a preencher, o jogo estava na mão dos profissionais, que podiam escolher onde queriam trabalhar, definir seus salários, cargos e benefícios. O mercado de trabalho também acabou inflando a capacidade dos profissionais medianos, que, com pouca competência, alcançaram bons cargos e salários.

Sinto dizer, mas o jogo mudou. Agora, quem faz as regras são as empresas. Voltamos à competitividade acirrada, eficiência e produtividade máxima no trabalho e, com isso, vejo muitos profissionais medianos se assustarem com a dura realidade.

Os profissionais excelentes e que têm alto desempenho sempre estarão à margem das crises, pois as empresas mantêm suas portas abertas para aqueles que fazem a diferença. Neste momento incerto observamos a preocupação daqueles que não se prepararam, não se qualificaram e forjaram qualidades para se manter no trabalho.

A nossa natureza falha é o que faz forjarmos nossas melhores qualidades. Os espertos sempre devem ter a resposta certa, os simpáticos têm de sorrir constantemente e os líderes fracos devem escolher as batalhas que já sabem que vencerão.

Independentemente de você precisar proteger uma imagem forjada ou se realmente é um bom profissional, estamos vivendo um momento de "salve-se quem puder" para manter o trabalho.

Como manter-se empregável em momentos de crise? Aqui vão algumas dicas que podem ajudá-lo a administrar melhor esse período incerto:

1 - Busque qualificação acadêmica
Em momentos de crise, a primeira atitude que todos tomam é cortar as despesas. Sua educação, porém, não pode e nem deve ser considerada uma despesa, mas sim um investimento. Muita gente só se dá conta que precisa ter qualificação profissional quando está procurando um novo emprego. Quem melhor se qualificar terá maior chance de sobreviver no mercado por um bom tempo.

2 – Pare de reclamar do seu trabalho
Ninguém aguenta ficar perto de pessoas que reclamam de tudo. Não estou dizendo que você deva aceitar qualquer condição abusiva calado. Estou falando daqueles que criaram a cultura da reclamação e que estão insatisfeitos com tudo. Afinal de contas, reclamar também pode atrapalhar o ritmo de trabalho. Tem mais: nos momentos de crise, os primeiros a serem cortados são os reclamões, vistos como de difícil relacionamento. Fique esperto.

3 – Busque ser mais proativo
Seja o primeiro a levantar a mão quando o chefe precisa de um voluntário. Estar aberto, disponível e ter a postura de arregaçar as mangas para fazer atividades que vão além daquilo que está no descritivo do seu cargo são posturas muito valorizadas em momentos que se tem muito trabalho a fazer e poucas pessoas para executar.

4 - Conheça o mercado
Procure saber o que o mercado precisa, para assim se atualizar e se tornar mais competitivo. Esteja a par do valor de mercado de sua atividade profissional. Sabendo quanto vale seu passe no mercado é que poderá negociar melhores condições dentro da própria empresa ou alcançar novas posições em outras organizações.

No jogo corporativo, não há garantias. É sábio o profissional que entende que só pode contar com ele mesmo. Então conheça seus pontos fortes e fracos. Busque potencializar e mostrar os fortes, e melhorar os fracos. Só se conhecendo plenamente é que terá segurança para se manter empregável em qualquer momento econômico do país.

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