30 junho, 2016

Valores nas empresas: muito além dos bons salários e promoções

* Por Wilson Bremer Cerqueira

Quando se fala em valores, é exatamente o que a palavra ostenta na prática: relações respeitosas, gestores próximos dos colaboradores e vice-versa


A satisfação pessoal no trabalho sempre esteve associada a imaginários como bom salário, estabilidade, políticas de promoção e status. A companhia tem papel relevante nesses assuntos, é verdade, mas num mundo de rápidas transformações, não é só isso que deve continuar sendo levado em conta hoje. Empresas já começam a notar a necessidade de estabelecer novos horizontes para motivar seu pessoal e evitar a perda de bons colaboradores. No Brasil, trata-se de tema que, aos poucos, passa a integrar as agendas das áreas de recrutamento. As companhias precisam se preparar para construir e praticar, com base em uma espécie de carta de princípios, uma série de valores que faça o colaborador identificar-se com a empresa, criando no profissional um interesse natural de longa relação com aquele local de trabalho.

Quando se fala em valores, é exatamente o que a palavra ostenta na prática: relações respeitosas, gestores próximos dos colaboradores e vice-versa, clareza na comunicação e na transmissão de responsabilidades, chance de apresentar críticas e sugestões, trabalho em equipe, engajamento em causas comunitárias, entre outras situações que sirvam de combustível para impulsionar a dinâmica sempre motivadora das relações de trabalho e convivência por parte de todos.

Sensibilizado ao estar inserido numa realidade baseada em valores autênticos que ajudam a empresa a funcionar bem, o colaborador cria para si a sensação natural de pertencimento e de fazer a diferença, além de desenvolver meios que o façam pensar a fundo se deve mesmo aceitar um eventual convite de outra companhia. Nesse sentido, o grande desafio da área de Recursos Humanos é buscar colaboradores alinhados aos valores que a empresa encara como um patrimônio vital de sua existência. Quando você traz uma pessoa que tem valores diferentes daqueles que a empresa prega, provavelmente essa relação não será duradoura.

Um Código de Conduta claro e efetivo pode auxiliar - e muito - nesse processo de incentivar e despertar o colaborador para os valores da empresa. No momento em que se planeja contratar alguém engajado com esses valores, a probabilidade final do resultado positivo que este colaborador irá devolver é muito maior. O profissional conseguirá chegar à conclusão que o trabalho é o meio e tem um valor muito maior que o próprio resultado. Quando trabalha em uma empresa alinhada com os seus valores, o colaborador sente que está inserido em um contexto que compartilha da sua visão de mundo. Ele pactua com aquilo que está sendo feito como algo muito maior e impactante para a empresa e para si.

29 junho, 2016

AQUILO QUE OUVIMOS EM SALA...

A expressão dos alunos, sobre a aula, é a maior prova de que, quando nos dedicamos a fazer algo com amor e com competência, as coisas acontecem!



28 junho, 2016

Especialista ou generalista, qual profissional ganha mais?*

* Por Claudia Gasparini


Qual tipo de profissional tem mais chances de atrair um recrutador: um profundo conhecedor de uma área bastante específica ou um “pau para toda obra” com perfil generalista e versátil?

Um estudo conduzido por pesquisadores da Columbia Business School e da Tulane University dá uma resposta categórica à velha dúvida. “Os especialistas são definitivamente castigados pelo mercado”, diz uma das responsáveis pela pesquisa ao Harvard Business Review. “Além de receberem menos ofertas de emprego, eles ganham bônus menores”.

Para chegar ao resultado, os estudiosos acompanharam cerca de 400 estudantes que se formaram nos melhores MBAs dos Estados Unidos entre 2008 e 2009 e seguiram carreira em bancos de investimento.

A amostra foi dividida em dois. O grupo dos especialistas era formado por pessoas que já trabalhavam com investimentos antes do MBA, fizeram estágio na área e se aprofundaram em finanças.

Já a turma dos generalistas consistia naqueles que atuaram em outras áreas antes do curso, como publicidade, fizeram estágio em uma consultoria e só mais tarde foram para o mundo dos investimentos.

Resultado: os bônus recebidos pelos especialistas eram até 36% mais baixos do que os de seus colegas generalistas. Em alguns casos, o primeiro grupo ganhava até 48 mil dólares a menos por ano.

Mas por quê?
Segundo Jennifer Merluzzi, professora na Tulane University e coautora do estudo, o problema está na oferta excessiva de programas de especialização, em especial de MBAs.

“Os cursos dão uma forte ênfase à formação de uma pessoa de finanças ou uma pessoa de marketing, o que produz muitos profissionais parecidos no mercado”, diz ela ao HBR.

Ironicamente, o especialista vira “commodity”: como há muitas pessoas com foco exclusivo em uma área no mercado, aqueles que trazem um repertório mais amplo e eclético saltam aos olhos das empresas.

Merluzzi afirma que recrutadores ouvidos pelo estudo não esconderam sua preferência pelos generalistas. Profissionais com experiências e competências diversas são mais interessantes do que aqueles que só conhecem um ângulo do trabalho, disseram eles.

É claro que, em algumas áreas, ser especialista é uma enorme vantagem competitiva. “Se alguém precisa de um cirurgião para uma operação arriscada, por exemplo, é óbvio que vai querer um expert que já fez isso centenas de vezes”, diz a professora. “No mundo dos negócios, porém, a especialização não é tão benéfica”.

No futuro, diz Merluzzi, os generalistas continuarão a ter mais chances nas empresas porque têm habilidades diversas, podem ser transferidos para outras áreas e tendem a assumir posições de liderança mais rapidamente.

Generalista, não “superficialista”
Outro estudo, lançado recentemente pela firma de inteligência de mercado IDC em parceria com a Microsoft, vai na mesma direção.

Conduzida nos Estados Unidos, a pesquisa analisou mais de 76 milhões de vagas de emprego para selecionar aquelas que teriam maiores salários e melhores condições de ascensão profissional entre 2016 e 2024.

A conclusão é a de que as oportunidades mais promissoras exigem competências multifuncionais (“cross-functional”, no original em inglês), em detrimento de habilidades técnicas ou específicas — e isso em áreas tão diversas quanto TI, direito e saúde.

Segundo Pietro Delai, gerente de pesquisa da IDC Brasil, os requisitos dos melhores empregos incluem excelente comunicação oral e escrita, capacidade de filtrar e processar múltiplas fontes de informação e pensamento lógico aplicado à análise de probabilidades.

“As habilidades exigidas pelos melhores empregos trespassam diversas ocupações (...). Por outro lado, competências específicas são menos aplicáveis e deveriam receber menos ênfase no currículo das escolas”, aponta o estudo.

Isso não significa que a profundidade seja dispensável. “O tipo de generalista que se dá bem não é o ‘superficialista’”, diz Delai. “Ele precisa ter a capacidade de se debruçar sobre um problema, ir a fundo na investigação de hipóteses e buscar pessoas que ajudem a resolver aquela questão, inclusive especialistas”.

Profissionais com habilidades multifuncionais, aplicáveis a uma vasta gama de situações, também são candidatos naturais à liderança.

“O que vemos na crise é que muitas empresas demitem os especialistas, contratam terceiros para substituí-los e colocam um generalista para administrar os fornecedores”, afirma Delai. "Elas preferem entregar o comando a quem tem uma visão sistêmica e multidisciplinar".

27 junho, 2016

Não desista! Você pode crescer*

* Por João Mateus

Que a economia brasileira está passando por um momento de crise, isso está nítido há algum tempo. Entretanto, isso não deve ser motivo para empreendedores abandonarem seus negócios neste mau momento. Assim, o empresário que passa esse momento negativo da economia para dentro da empresa, ele está encontrando uma forma de “desmotivação”. O empreendedor ele tem que enfrentar esse sentimento, e não passá-lo a sua equipe.


O principal fator para algumas empresas estarem tendo crescimento nesse momento de crise, é o fato de possuírem visão futura. Empresários que possuem uma espécie de departamento de investimento futuro, e uma estratégia de exploração de novos produtos e segmentos. Assim permite a empresa que não sofra tão bruscamente com as mudanças que a crise proporciona. O empresário tem que ficar no controle nesse momento, assumindo sua responsabilidade, pois assim ele vai se motivar a resolver o problema e motivar sua equipe.

Como algumas empresas tinham “previsto” essa crise brasileira, já começaram a cortar gastos, medida que outras estão adotando agora. Diminuir custos, eliminar desperdícios, adiar despesas não pontuais, tudo para conseguir um ponto de equilíbrio nas finanças da empresa. E talvez um fator primordial para empresas quebrarem, são os empréstimos bancários. Se possível tentar evitar o máximo bancos, já que, as altas taxas de juros prejudicam o sistema financeiro da empresa.

E em qualquer que seja a área de atuação, neste período difícil, o investimento em comunicação pode ser o diferencial. Crie um plano de mídia competente, aquele que estenda os negócios da sua empresa a diferentes mercados, fazendo com que estes mercados entendam toda e qualquer mensagem transmitida. A inovação em novos produtos, que atenda as necessidades dos clientes neste momento de escassez de recursos, torna-se importantíssimo.

Como disse Muhammad Ali nesta frase, “Impossível é apenas uma palavra usada pelos fracos que acham mais fácil viver no mundo que lhes foi determinado do que explorar o poder que possuem para muda-lo. O impossível não é um fato consumado. É uma opinião. Impossível não é uma afirmação. É um desafio. O impossível é algo potencial. O impossível é algo temporário. Nada é impossível”. Sempre vai ser possível crescer mesmo com a crise, só basta termos capacidade de enfrentarmos e prosperar.

24 junho, 2016

É possível se recolocar em um ano de crise?*

* Por Irene Azevedoh

Em momentos de incerteza é preciso maior foco, disciplina e, sobretudo, um pensamento que fuja do padrão

Pode parecer a pergunta de 10 milhões de dólares, mas a resposta é simples de ser dada. Contudo, trabalhosa de ser implantada. Isso porque não é uma receita de bolo, ou seja, cada pessoa terá um "ingrediente", um "tempo de cozimento" e um "tempero" diferente para conseguir o mesmo resultado: a tão desejada recolocação.

Em momentos de incerteza é preciso maior foco, disciplina e, sobretudo, um pensamento que fuja do padrão. O primeiro passo é olhar para suas habilidades, seus motivadores e valores, e verificar em que atividades e/ou em que empresas haverá a melhor sinergia. Hoje, estamos vivendo uma época de abundância de profissionais qualificados no mercado. Encontrar o nicho certo para conseguir uma oferta atraente e aderente ao que você quer é uma das atitudes mais importantes.

Some-se a isso sua marca pessoal – que deverá ser forte para ajudá-lo a chegar mais rapidamente no alvo desejado. Isso poderá ser seu divisor de águas. A marca pessoal não pode ser apenas baseada em suas habilidades e experiência, deve se refletir também na maneira como você se apresenta.

As organizações investem muito tempo e dinheiro para criar uma marca vencedora e evocar certas percepções no período de segundos, certo? Você pode alcançar os mesmos resultados investindo no seu marketing de forma sólida e construindo uma imagem positiva – o que exige esforço, empenho e consistência. Por isso, leve em conta os seguintes pontos:
 
1º Tenha clareza sobre quais habilidades e comportamentos você tem que o diferencia dos demais

2º Lembre-se que motivadores e valores devem sempre nortear suas ações e escolhas

3º Faça uma análise criteriosa de segmentos ou empresas em que você poderá ter maior visibilidade e aceitação e um mapeamento de quem são os principais contratantes;

4º Preste atenção no dress-code. Cada segmento tem seu próprio código no vestir: o de finanças é mais formal e o de consumo mais informal, por exemplo

5º Encontre maneiras de alcanças os seus empregadores potenciais. Compareça a  eventos da área, converse com amigos e use bem as redes sociais. A ideia é fazer um trabalho de networking constante, para fazer com que sua rede de contatos cresça constantemente. Cuidado apenas para não ficar pedindo emprego – peça conselhos, troque ideias e experiências.

Não desistir é fundamental, pois haverá momentos de desânimo. Olhe para o futuro e projete-se nele. Caminhe em direção a sua meta e você chegará lá!


23 junho, 2016

Amazon: criando e inovando de trás para frente*

* Por Endeavor Brasil

A Amazon, além de viciada em números, é louca pelos seus clientes.


“Inovação com foco no cliente”, parece clichê, mas é esse o lema que move todos os colaboradores da loja virtual que tinha tudo para dar errado, mas se transformou em uma empresa de nível global. E como a Amazon conseguiu tudo isso? Bem, com base em uma palestra que vimos no Festival Path, a Endeavor tem algumas teorias:

Comece & crie pelo cliente
A Amazon atua em vários segmentos, com os mais diversos tipos  de clientes. A empresa se relaciona com  vendedores, desenvolvedores, consumidores, produtores de conteúdo e até mesmo com outros negócios. E o que isso tem a ver com o foco no cliente? Tudo! A Amazon trabalha o relacionamento com os seus públicos seguindo uma única filosofia:

COMECE PELO CLIENTE E TRABALHE A PARTIR DO QUE ELE PRECISA.

Em outras palavras, antes de criar um serviço ou produto, seja ele pra qual público for, a empresa coloca o chapéu de cliente e se pergunta: será que o meu cliente vai gostar desse novo produto? Na verdade, a Amazon não só escuta seus clientes, mas também cria no lugar deles. Sim, pode parecer contraditório no começo, mas faz todo o sentido. O que acontece é que em vez de esperar seus clientes peçam por um produto, a Amazon, por meio de pesquisas e outros métodos, descobre exatamente quais os desejos dos seus públicos, mesmo aqueles mais adormecidos, e cria esse produto.

Sabe aquela sensação que você tem quando vai a alguma loja, olha um produto que você nunca viu na vida, fica curioso, descobre o que ele faz e se pergunta “como eu vivi minha vida toda sem saber que isso existia?”. É basicamente esse sentimento que a Amazon desperta ao criar no lugar dos sues clientes. Na verdade, foi com esse pensamento que nasceu o Kindle.

A ideia surgiu de uma análise dos hábitos de leitura dos seus consumidores. Enquanto todas as empresas queriam ir para o lado de tablets e outras novas tecnologias, a Amazon aproximou-se o máximo dos livros tradicionais, pois percebeu que seus clientes estavam mais inclinados a um consumo de livros físicos do que online. E o resultado disso? Bem, o Kindle é  um produto utilizado por milhares de pessoas ao redor do mundo e que vem ganhando cada vez mais força.

Crie experiências
Mas, como bem sabemos, nem tudo se resume aos produtos e serviços oferecidos por uma empresa. Grande parte da mágica acontece na execução. A Amazon tem princípios muito fortes, mas um dos mais importantes é a criação  de valor para o cliente.

E quando falamos de valor não estamos nos referindo aos preços ou lucro da empresa, mas sim em vender o melhor produto para o cliente, com tudo que ele tem direito e mais. Em outras palavras, diferente de muitas empresas, a Amazon não quer apenas entregar o seu produto de forma eficiente. Ela quer fazer com que a compra dos seus consumidores seja uma verdadeira experiência, com direito a vantagens que os façam entender que ali é um lugar diferenciado dos outros. Um lugar onde ele recebe ótimos benefícios, desde frete grátis até a simples devolução de um pedido que chegou atrasado.

E para que essa entrega realmente aconteça, toda a equipe está sempre em busca da melhor qualidade de produto, sem que o consumidor tenha que pagar a mais por isso. A empresa se une e trabalha muito para que seus clientes sintam que fazer compras na Amazon é um ótimo negócio. Mas não se engane, tudo isso não nasceu do dia pra noite. A ideia veio como se não quisesse nada, primeiro tomou umas cadeiras, depois algumas mesas e, quando foram perceber, a ideia de criar valor para os clientes já movia um departamento inteiro.

Trabalhando de trás pra frente
E se você está se perguntando como a Amazon consegue manter um time engajado com resultados cada vez mais promissores, chegou a hora de conhecer o ingrediente x do negócio: a metodologia working backwards. O termo que, em inglês, significa trabalhar de trás pra frente move a Amazon há alguns anos. Nessa metodologia, você pensa primeiro no que o cliente quer e só depois começa a produzir o produto ou serviço. Lembra aquele papo de criar pelo cliente? É exatamente com essa metodologia que a empresa consegue tirar as suas ideias do papel.

Por mais estranho que possa parecer, na Amazon, o time pensa primeiro em onde quer chegar e só depois no que a empresa consegue, de fato, fazer para tornar isso real. A empresa instiga seus funcionários a soltarem a imaginação, focar na entrega final e não nas possíveis barreiras que podem encontrar no caminho desse projeto. E por que eles fazem isso? Bem, se o jeito mais fácil de se matar uma ideia é ter um espaço em que a resposta mais repetida é o famoso “não”, em um ambiente de “sim” as ideias criam raízes mais rápido.

E para ajudar nesse processo, a Amazon sempre utiliza o chamado “press release”. Sabe quando você vai apresentar um projeto em alguma reunião e passa o dia inteiro montando um power point com as informações? Na Amazon, em vez disso, eles tem esse press release que nada mais é do que um documento que irá colocar em ordem as ideias que vieram de diversos times sobre algum produto ou serviço. Mas chega de papo, vamos entender um pouco melhor o passo a passo dessa metodologia:

Elaborando a notícia
Nessa parte do processo, todos pensam em qual seria a notícia que a Amazon enviaria para as mídias. Vamos supor que a ideia seja divulgar a nova loja física da Amazon no Brasil. Todo o time se reúne, discute ideias, até que cheguem em um consenso, como: “Amazon lança loja física de livros no Brasil”. A partir do título, que resume o foco da notícia, começa uma análise do conteúdo para criar a melhor comunicação possível da notícia. Qual linguagem será utilizada? Para quais meios vamos divulgar? Será que não é melhor trocar a ordem dos parágrafos?

Colocando o chapéu do cliente
Depois de ter uma linguagem adequada, é hora de vestir o chapéu do cliente e começar a fazer perguntas outros tipos de pergunta: como meu público sabe que isso é verdade? Quais dados podemos usar para provar que as informações são verdadeiras? O intuito aqui é perceber quais gaps o seu produto ou serviço tem e fazer com que o cliente saia sem dúvidas.

Validação da ideia
Com isso em mente, listam-se as perguntas de negócio, como: temos equipe para tocar esse projeto? Como sabemos se essa é a melhor ideia? E a logística? E por mais arriscado que possa parecer, a equipe, mesmo sem saber se conseguirá um resultado ótimo, inicia o projeto. A Amazon acredita que isso ajuda a manter o foco no cliente e não no lucro.

Conferindo os resultados
Depois do projeto ser concluído, o time volta para o press release e compara o que estava prometido para o cliente lá trás e o que, de fato, foi cumprido. Essa ação ajuda a entender melhor em quais partes o processo precisa ser melhorado, além de também servir como fonte de consulta para as pessoas que desejam iniciar ou aperfeiçoar uma ideia parecida com essa. E se você acha que isso é um documento super elaborado, com gráficos e anotações, na verdade, nas palavras do diretor de produtos “o documento não passa de um word com mais ou menos umas 20 páginas, nada elaborado.”

Nenhum esforço é perdido
Mas não se iluda, essa metodologia não é a prova de erros. A Amazon já lançou muitos produtos que foram um fracasso, como o Amazon Oction, que nada mais era do que uma cópia do Ebay. E enquanto muitos empreendedores teriam se descabelado e jogado a toalha, a Amazon fez seu time pensar no que poderia fazer diferente e, para o choque de muitos, foi daí que saiu a ideia de fazer marketplace, em 2000, o que era muito inovador para época.

Com altos e baixos, a Amazon cresceu - e muito – nos últimos anos. Os pontos levantados só deixam mais nítidos os pilares que a empresa manteve durante toda a sua trajetória, os quais serviram de mola propulsora para que o negócio ganhasse cada vez mais mercado e a admiração dos seus consumiodres. E aí, depois de ler tudo isso, sua empresa foca no cliente ou em resultados?

22 junho, 2016

Como gerenciar as mídias sociais para se destacar no processo seletivo*

* Por Administradores.com

Cerca de 90% dos recrutadores visitam o perfil de seus candidatos nas principais redes sociais; as suas estão de acordo com a vaga que você busca?



O Brasil tem mais de 11 milhões de pessoas procurando se recolocar no mercado de trabalho. Ao contrário de antes, quando as vagas de emprego eram exclusivamente anunciadas por meio de jornais e outros veículos de comunicação tradicionais, hoje, a maioria das empresas prefere divulgar as oportunidades na internet, facilitando a vida de quem está em busca de uma nova posição.

Contudo, a tecnologia também trouxe novos paradigmas para os trabalhadores. Estudos afirmam que durante as entrevistas cerca de 90% dos recrutadores visitam o perfil de seus candidatos nas principais redes sociais. Portanto, é imprescindível manter a imagem virtual alinhada com o que as companhias procuram em um profissional, inclusive para vagas operacionais. O especialista em empregabilidade e CEO da plataforma de recrutamento Emprego Ligado, Jacob Rosenbloom, dá algumas dicas de como gerenciar suas mídias sociais de forma corporativa e se destacar numa entrevista.

LinkedIn

Hoje o LinkedIn é fundamentalmente destinado a profissionais mais qualificados. Porém, os profissionais operacionais estão começando a entrar na rede e com isso alguns cuidados são necessários. “Ao fazer seu perfil adicione uma foto com postura mais séria e forneça detalhes sobre sua experiência, empresas em que trabalhou, cargos ocupados, cursos, entre outros”, disse Rosenbloom.

Facebook

Nesta ferramenta, os recrutadores estão mais interessados em saber sobre a personalidade do candidato. “No Facebook, as pessoas são mais descontraídas, postam a respeito da vida particular e expõem suas convicções, inclusive, opiniões sobre religião, política, esportes e outras”. Sendo assim, tome cuidado com os comentários e debates e faça uma revisão nas comunidades de que faz parte. Se necessário, saia de algumas. Lembre-se também de ajustar as suas configurações para que as postagens mais íntimas apareçam apenas para o seus amigos.

Instagram

Conhecido pela timeline que no início se resumia a fotos de cachorros e gatos, refeições e pôr do sol, o Instagram diz muito sobre hábitos e os lugares que as pessoas costumam frequentar. “Claro que uma foto no bar com os amigos no fim de semana não afeta a imagem de ninguém. O problema são os excessos e a forma como são expostos”, explicou Jacob. Portanto, tente encontrar o equilíbrio nas suas publicações. As pessoas não precisam saber a todo o momento onde você está ou o que está fazendo.

Twitter

Ao contrário do Facebook, os usuários do Twitter não são muitos fãs do “textão”. Preferem resumir o que têm para falar e ir direto ao ponto em poucos caracteres. Por outro lado, abusam do “internetês”, cometendo erros de português que, aos olhos de um recrutador, acabam por atestar a falta de domínio da língua portuguesa ou o desleixo com ela. Mesmo que o erro seja proposital para dar humor à postagem, isso pode ser mal interpretado.

21 junho, 2016

Você sabe seu valor no mercado? 4 dicas para manter o emprego na crise

* Por Daniela Lago

Em meio a um Brasil incerto, com uma grave crise econômica que vai se estender pelo menos até o próximo ano, observo muitos profissionais buscando garantias de emprego, renda, crescimento e relacionamentos profissionais.


Acho difícil conseguir essas garantias. Além do mais, elas são apenas superficiais. Não podemos, e nem devemos, contar com elas em nossas carreiras. Neste momento tão incerto, com quem podemos contar?

É fato que nesses últimos anos a relação entre empresa e colaborador estava, devido à falta de mão de obra, favorável para o colaborador.

Com vagas a preencher, o jogo estava na mão dos profissionais, que podiam escolher onde queriam trabalhar, definir seus salários, cargos e benefícios. O mercado de trabalho também acabou inflando a capacidade dos profissionais medianos, que, com pouca competência, alcançaram bons cargos e salários.

Sinto dizer, mas o jogo mudou. Agora, quem faz as regras são as empresas. Voltamos à competitividade acirrada, eficiência e produtividade máxima no trabalho e, com isso, vejo muitos profissionais medianos se assustarem com a dura realidade.

Os profissionais excelentes e que têm alto desempenho sempre estarão à margem das crises, pois as empresas mantêm suas portas abertas para aqueles que fazem a diferença. Neste momento incerto observamos a preocupação daqueles que não se prepararam, não se qualificaram e forjaram qualidades para se manter no trabalho.

A nossa natureza falha é o que faz forjarmos nossas melhores qualidades. Os espertos sempre devem ter a resposta certa, os simpáticos têm de sorrir constantemente e os líderes fracos devem escolher as batalhas que já sabem que vencerão.

Independentemente de você precisar proteger uma imagem forjada ou se realmente é um bom profissional, estamos vivendo um momento de "salve-se quem puder" para manter o trabalho.

Como manter-se empregável em momentos de crise? Aqui vão algumas dicas que podem ajudá-lo a administrar melhor esse período incerto:

1 - Busque qualificação acadêmica
Em momentos de crise, a primeira atitude que todos tomam é cortar as despesas. Sua educação, porém, não pode e nem deve ser considerada uma despesa, mas sim um investimento. Muita gente só se dá conta que precisa ter qualificação profissional quando está procurando um novo emprego. Quem melhor se qualificar terá maior chance de sobreviver no mercado por um bom tempo.

2 – Pare de reclamar do seu trabalho
Ninguém aguenta ficar perto de pessoas que reclamam de tudo. Não estou dizendo que você deva aceitar qualquer condição abusiva calado. Estou falando daqueles que criaram a cultura da reclamação e que estão insatisfeitos com tudo. Afinal de contas, reclamar também pode atrapalhar o ritmo de trabalho. Tem mais: nos momentos de crise, os primeiros a serem cortados são os reclamões, vistos como de difícil relacionamento. Fique esperto.

3 – Busque ser mais proativo
Seja o primeiro a levantar a mão quando o chefe precisa de um voluntário. Estar aberto, disponível e ter a postura de arregaçar as mangas para fazer atividades que vão além daquilo que está no descritivo do seu cargo são posturas muito valorizadas em momentos que se tem muito trabalho a fazer e poucas pessoas para executar.

4 - Conheça o mercado
Procure saber o que o mercado precisa, para assim se atualizar e se tornar mais competitivo. Esteja a par do valor de mercado de sua atividade profissional. Sabendo quanto vale seu passe no mercado é que poderá negociar melhores condições dentro da própria empresa ou alcançar novas posições em outras organizações.

No jogo corporativo, não há garantias. É sábio o profissional que entende que só pode contar com ele mesmo. Então conheça seus pontos fortes e fracos. Busque potencializar e mostrar os fortes, e melhorar os fracos. Só se conhecendo plenamente é que terá segurança para se manter empregável em qualquer momento econômico do país.

20 junho, 2016

Perfil dinâmico e aberto ao uso da tecnologia*

* Por Edilaine Felix

Habilidades interpessoais, claro, são relevantes para o mercado de trabalho. Resiliência, colaboração e comunicação são algumas dessas soft skills requisitadas para profissionais de diferentes cargos e setores. No entanto, neste mundo online, competências mais tecnológicas e digitais, como experimentação, análise, interpretação de dados e pensamento criativo ganham importância e se destacam na trajetória profissional.


A empresa de consultoria de gestão, tecnologia da informação e outsourcing Accenture realiza anualmente um estudo para apresentar as tendências de tecnologia nos próximos ano, incluindo competências profissionais necessárias para trabalhar com elas.

Para o diretor executivo de estratégia de tecnologia da Accenture, Paulo Ossamu, é necessário entender qual o impacto dessas novas tecnologias e o quanto as pessoas estão preparadas para encará-las.

Dentre as tendências destacadas no estudo, ele evidencia a automação inteligente, que, diz ele, trata-se de potencializar a capacidade humana de usar novas tecnologias. “Com tanta informação é preciso ter máquinas inteligentes para fazer a análise”, afirma.

Competência digital. Assim, dados da última pesquisa The Future of Cognitive Computing, feita com 1.770 gerentes de 42 países, sendo 159 do Brasil, mostram que para 42% dos entrevistados as competência digitais e tecnológicas são consideradas muito importantes para o sucesso da carreira nos próximos cinco anos, além de habilidades como pensamento criativo e experimentação (33%), análise de dados e interpretação (31%) e desenvolvimento de estratégia (21%).

Para Ossamu, o resultado mostra que cada vez mais o profissional deverá ser dinâmico e aberto ao uso da tecnologia.

“Nos últimos anos, o mercado deu muita importância às habilidades interpessoais e pouco para as técnicas. Agora, busca profissionais com competências mais ligadas à tecnologia, mas também pessoas que estejam preparadas para a mudança e para adquirir softs skills.”

Para ele, o desafio das empresas é gerenciar esses dois mundos. “Não vai deixar de existir o perfil atual e nem vai ser tão revolucionário o novo, mas eles terão de coexistir e conviver.”

Engenheiro aeronáutico, Leandro Pleszezak Barbosa, de 36 anos, sempre trabalhou em companhias aéreas e em setores de serviços e operações. Liderando equipes, suas competências comportamentais sempre foram valorizadas, embora tivesse a técnica sempre ao seu lado, pela formação e área de atuação.

“Em minha carreira, a inovação tecnológica, análise e interpretação de dados sempre foram importantes.” Ele conta que, nos últimos quatro anos, quando passou a assumir funções mais seniores, começou a mesclar as habilidades interpessoais e as tecnológicas.

Hoje, ele participa de um projeto da startup 3DUX, especializada na impressão para fins médicos. Segundo Barbosa, durante o desenvolvimento do protótipo é preciso conhecer toda a tecnologia envolvida e ter pensamento criativo, experimentação, mas, também, é necessário conhecer as necessidades e dificuldades das pessoas. Para isso, ter habilidades de relacionamento é fundamental.

“Mesclar as competências me ajudou bastante na minha carreira. Provavelmente, minha trajetória não se desenvolveria se eu não tivesse uma competência ou outra.”

Para ele, o diferencial de carreira e exigência do mercado será de profissionais com competências técnicas, digitais e com habilidades de relacionamento interpessoal. “Não vejo o futuro sem as duas juntas”, diz.

De acordo com a master coach Liamar Fernandes, os dois tipos de competências se complementam. E, apesar de cada vez mais a tecnologia proporcionar agilidade e tempo real aos processos, é preciso ter pessoas para interpretá-los.

Executivo busca ação equilibrada
Equilibrar as competências é um dos desafios do gerente de estratégia de tecnologia da Accenture, Douglas Silva, de 36 anos. Ele é formado em engenharia de computação com mestrado em administração e inovação pela Universidade Stanford, Califórnia, nos Estados Unidos.

“Minha formação é técnica, mas ao assumir um cargo de liderança, percebi a importância de entender de gestão de pessoas e o mestrado ajudou.” Silva conta que passou a entender que conceitos como inovação, criatividade e experimentação são fundamentais no dia a dia do líder e da equipe.

Contudo, acredita que competências técnicas e interpessoais, como motivação e colaboração, devem ter o mesmo peso na carreira. “É importante saber se comunicar e motivar as pessoas para os desafios diários que exigem ideias criativas e inovadoras”, diz Silva.

Como lembra a master coach Liamar Fernandes, formada pela Sociedade Brasileira de Coaching, as habilidades técnicas não devem substituir as interpessoais. “É necessário ter conhecimento tecnológico, mas sempre precisaremos trocar informações, fazer networking e se relacionar. Há alguns anos ninguém se importava com conhecimento técnico, mas o formato de trabalho mudou e hoje essas competências são fundamentais assim como as soft skills”, diz.

“As relações são feitas com pessoas, por isso, as habilidades interpessoais devem caminhar lado a lado com as inovação e a criatividade.”

‘Trabalhador deve rever posicionamento de carreira’
“Acredito que, em breve, as competências técnicas serão tão importantes quanto as relacionais. A interpretação de dados, por exemplo, já faz parte de departamentos de recursos humanos. As áreas (de diferentes setores e empresas) caminham para que essas habilidades sejam cada vez mais necessárias. É uma mudança importante”, afirma o CEO da empresa focada em gestão de carreiras Produtive, Rafael Souto.

Ele observa que o mercado tem adicionado pedidos de competências tecnológicas em carreiras mais tradicionais, como as ligadas a recursos humanos. Segundo Souto, em 2015, 45% da empresas pediam profissionais com habilidades técnicas, contra 20% delas em 2014.

Avaliando essa transformação, o executivo considera que o profissional deve fazer uma revisão de posicionamento de carreira. “O mundo digital já está no dia a dia. Se o profissional não atua em uma empresa de tecnologia ou em áreas que exijam competências mais tecnológicas, outras áreas das companhias, no entanto, já estão buscando pessoas com esse perfil. É preciso tomar iniciativa e buscar conhecimento.”

Gap. De acordo com Souto, o gap de oportunidade do momento está nas questões tecnológicas, que, em muitos casos, se torna um diferencial competitivo na trajetória. Nas habilidades interpessoais, ele destaca a adaptabilidade, que está conectada à tecnológica. “É a capacidade de exploração do novo. O profissional do futuro tem de ter adaptabilidade e capacidade de investigar, ler o cenário, analisar as alternativas e se mover buscando alternativas.”

Para o executivo, com o passar dos anos, as competências técnicas e digitais ganharão força e as habilidades interpessoais vão se transformando. Por ora, acredita, habilidades ligadas a tecnologia são novas e diferenciais na carreira.

“Elas estão ganhando espaço, mais ainda são diferenciais. As interpessoais não mudam com o tempo, pois as empresas continuam precisando de profissionais com habilidades sociais e de comportamento.”

Atemporal. Na opinião de Souto, as habilidades comportamentais são atemporais, mesmo com todo o avanço e necessidade de competências técnicas e digitais, o mercado sempre precisará de profissionais com perfis diferentes, e afirma: “As habilidades são complementares, elas não competem”.

O CEO reforça que muitas empresas e segmentos pedem profissionais mais ligados à tecnologia, que entendam o novo mercado, a inovação, o digital e que tenham pensamento mais criativo.

18 junho, 2016

ECONOMIA E O BEM ESTAR!

Costumamos dizer que Economia é a ciência do Bem Estar. Esse conceito, amplamente divulgado por Amartya Sen, foi de suma importância para o desenvolvimento da disciplina Economia e Cenários Globalizados. Em uma época extremamente turbulenta e confusa da nossa história e tendo como agravante uma divisão política notória, falar de Economia (e as sextas-feiras) era um desafio e tanto. Mas sabe como é, uma vez dado o desafio é nosso dever fazer o melhor para o alunos....e lá fomos nós.

De sexta em sexta, de debate em debate, de contas e contas, as aulas de sexta foram ficando tranquilas, com um alto índice de frequência e muitos sorrisos. Ao invés de temermos a sexta, passamos a desejá-la. O tempo foi passando e me dei conta que ontem, infelizmente, foi nosso último dia juntos (nesta fase).

E nessa hora, de reflexão, todas as lembranças dessas aulas vêem a tona e me fazem sorrir. E quando isso acontece, tenho a certeza que o meu dever como docente foi cumprido. Ensinar e sorrir. 


Enfim, que vocês sigam inspirando e sendo inspirados nessa longa estrada da vida e nessa brilhante carreira de sucesso que terão!


17 junho, 2016

ENFIM, FORMADOS!

Alguns vão dizer que foi o último, porém, eu digo que será o primeiro dia de uma nova vida. Vocês estão acabando uma faculdade e estão ingressando noutra escola, a Faculdade da Vida, onde a concorrência é pior que as provas, o relacionamento é mais difícil com os clientes e não temos muitas vezes a quem pedir ajuda. 

Porém, nada impede vocês de atingirem o sucesso que buscam! 

Corram atrás das oportunidades e façam sempre aquilo que gostam e desejam. Façam dos conhecimentos adquiridos a diferença para vocês e para as organizações! 

Enfim, sejam muito felizes! Estarei sempre na torcida por vocês! 


16 junho, 2016

6 segredos dos currículos que são 'ímãs' de recrutadores*

* Por Claudia Gasparini

Ter um currículo atrativo não é o suficiente para conseguir uma oportunidade em meio à crise do mercado de trabalho brasileiro. Mas ajuda.

O documento funciona como cartão de visitas, diz Denise Bojikian, especialista em recursos humanos no VAGAS.com. Para que um potencial empregador decida chamar você para uma entrevista, ele primeiro precisa ser “fisgado” pelo seu CV.



A importância da peça é tão grande que mesmo profissionais excelentes podem passar despercebidos por um recrutador se cometerem erros graves ou até sutis no currículo.

É claro que conseguir um emprego é muito mais fácil se a sua carreira está entre as mais promissoras do momento, ou se a sua área não foi tão abalada pela recessão econômica que atinge o país.

Ainda assim, o cuidado com o CV pode impulsionar as suas chances independentemente da sua profissão ou setor.

Confira a seguir 5 características dos currículos que funcionam como “ímãs” de recrutadores na crise, segundo três especialistas:

1. Têm objetivo claro
Segundo Rafael Souto, CEO da consultoria Produtive, o mercado vive uma era de especialização crescente: as empresas buscam profissionais com competências cada vez mais específicas para resolver os seus problemas. O resultado disso é que os currículos precisam se tornar menos genéricos e mais precisos para chamar atenção.

“O recrutador tem pouco tempo a perder, então precisa saber rapidamente qual é a área-foco do candidato”, explica Souto. Não basta escrever algo vago como “finanças”, por exemplo. Explique o escopo do seu trabalho de forma sucinta, mas completa. Currículos muito generalistas, que parecem ser feitos para ocupar qualquer posição, costumam ser os primeiros a ser descartados.

2. São curtos e limpos 
Como precisam analisar muitos CVs em pouco tempo, os recrutadores tendem a preferir documentos mais objetivos e sucintos. Para Souto, é preciso dizer o máximo com o menor número possível de palavras, em até duas páginas.

A mesma economia deve valer para o aspecto visual do do currículo, diz Caroline Cadorin, gerente da consultoria Hays. “Evite colunas, tabelas e cores excessivas”, orienta ela. “Prefira um formato limpo, que deixe fácil identificar as principais informações sobre você”. O design do CV é mais importante do que parece. Até um detalhe tão sutil quanto a fonte do texto, como a clássica Arial ou a detestada Comic Sans, carrega recados subliminares sobre quem você é.

3. São customizados 
Em vez de elaborar um único CV e usá-lo em todos os processos seletivos, é mais estratégico criar várias versões do documento, adaptando o conteúdo de acordo com as exigências de cada contratante. Ajustar o currículo às especificidades da vaga aumenta a pertinência da sua candidatura, diz Souto.

Esse detalhe ajuda a resolver um dos maiores “dramas” dos recrutadores em tempos de crise e escassez de recursos: a impossibilidade de fazer uma contratação malsucedida. Se você evidencia os pontos de encaixe entre você e a empresa, fica mais fácil para o recrutador avaliar se você é adequado ou não para a vaga. As duas partes ganham tempo.

4. Trazem afirmações embasadas 
De acordo com Denise Bojikian, especialista em recursos humanos no VAGAS.com, o seu currículo ganha pontos em atratividade se inclui informações comprovadas sobre aptidões, experiências e resultados.

Tem inglês fluente? Mencione um certificado de proficiência na língua. Alavancou as vendas do setor no seu último emprego? Dê a porcentagem de crescimento que você ajudou a promover. O seu currículo será mais persuasivo à medida que houver dados — de preferência numéricos — para provar o que você diz.

5. Formam uma narrativa coerente
Para Bojikian, o currículo deve contar uma história com começo, meio e fim. Mudanças bruscas de área, experiências avulsas e desconexas, lacunas sem explicação: todos esses elementos criam dúvidas e afastam recrutadores.

Idealmente, a carreira do candidato deve ser composta por movimentos harmônicos entre si, mas isso não é o bastante. "Precisa haver uma simetria entre o histórico daquele profissional e as características da vaga", diz a especialista. “O recrutador deve enxergar a relação entre o objetivo da pessoa e o que ela desempenhou na carreira até aquele momento”.

6. Dão destaque para idiomas
Outro segredo dos currículos que funcionam como “ímãs” de recrutadores são as competências linguísticas do candidato — o que vale para praticamente todas as áreas de atuação. Afinal, cada vez mais empresas precisam de candidatos fluentes em um idioma estrangeiro, em especial o inglês.

“Se você realmente tiver essa competência, dê bastante destaque a ela e inclua certificações, se tiver”, diz Souto. Mas não vale mentir. Se o seu nível de inglês for intermediário, não diga que ele é avançado. Candidatos que exageram habilidades no currículo são facilmente desmascaráveis na etapa da entrevista — isso sem falar no desgaste que a mentira causa à sua reputação perante o mercado.

15 junho, 2016

E AGORA?

Diante de um cenário de incerteza com relação ao futuro, muitas vezes nos perguntamos: E agora? O que devo fazer? Devo investir? Devo poupar?


Antes de responder a todos estes questionamentos, devemos voltar o pensamento a nós mesmos. No que somos bons? Quais são as nossas qualidades? E, principalmente, o que eu quero para a minha vida?  Essas perguntas tão difíceis exigem um alto grau de autoanálise que devem ser feitas de maneira honesta e sincera.



Quando fazemos essa análise, percebemos que muitas vezes direcionamos nossos esforços no sentido errado, seguindo o caminho do dinheiro pelo dinheiro, não nos atentando aos ambientes de trabalho e aos valores. E aí está o nosso maior erro. Não podemos buscar só o dinheiro pelo dinheiro (sim, eu sei que temos contas a pagar e vivemos em um mundo capitalista...), mas sim, chegarmos em uma equação que gere um equilíbrio entre qualidade e proventos. Expectativas e felicidade.

Para isso acontecer, devemos investir em nós. Buscarmos traçar metas de vida pessoal e profissional e caminhos (e também rotas alternativas) que nos levem ao nosso sucesso. Sucesso esse, baseado em um direcionamento para a vida, pelas nossas qualidades e por nossos objetivos.

Ao fazermos isso, responder a pergunta do título fica fácil: E agora? Vamos ser felizes, fazendo o que gostamos, da forma que gostamos!



14 junho, 2016

Como o Snapchat pode alterar a forma de se fazer marketing nas redes sociais*

* Por Fábio Ricotta

Ideal para vídeos na vertical, o que abre novas possibilidades criativas e de linguagem, o Snapchat garante possibilidades interessantes de anúncio para as marcas


No mercado digital, nem sempre uma rede social com muitos usuários se torna um espaço que gera resultados às empresas que colocam sua marca. Mas é isso que está acontecendo com o Snapchat, aplicativo de publicação de fotos e vídeos de até 10 segundos de duração. Com a quantidade de pessoas usando o Snapchat, e com as possibilidades de estratégia de anúncio e produção de conteúdo, podemos dizer que é uma excelente rede social para se investir. Atualmente, a quantidade de visualizações que um vídeo patrocinado pode ter no aplicativo é de 40 milhões!

Ideal para vídeos na vertical, o que abre novas possibilidades criativas e de linguagem, o Snapchat garante possibilidades interessantes de anúncio para as marcas. Além de ter um público com grande maioria de pessoas entre 18 e 34 anos, essa rede social também se provou um ambiente de muito engajamento. Para o lançamento de um filme, um anúncio no Snapchat se provou 3 vezes mais efetivo que os anúncios em outro local. Por enquanto, o sistema de anúncios não está disponível a todos, mas deve ser liberado em breve.

Postagens imensuráveis para resultados imensuráveis

Acostumados com múltiplas possibilidades de mensurar os anúncios, os profissionais de Marketing Digital terão que aceitar as restrições do Snapchat. Os dados que o aplicativo permite visualizar são apenas a quantidade de visualizações e os usuários que deram ‘print’ na tela. Os prints são a única maneira de “eternizar” um post, já que o Snapchat se destaca por deixar as fotos e vídeos por apenas 24h. A efemeridade das publicações torna a rede social um ambiente muito mais dinâmico.

Para pensar nas estratégias que uma marca pode ter, aqui vão algumas dicas importantes: o Snapchat é um ambiente muito voltado para os bastidores, então vale a pena investir em mostrar ao público como são criados os produtos, ou como é a vida da pessoa que representa a marca. Quem acompanha alguém no Snapchat, é muito mais do que um seguidor, mas um verdadeiro fã. É uma rede social muito pessoal, que reproduz a visão da pessoa e faz os fãs se sentirem juntos dela, por isso não dá para publicar apenas vídeos impessoais, e sim focados nas pessoas. Estas características são evidenciadas pela pouca possibilidade de edição de vídeos, e também pelas ferramentas de bate-papo que valorizam a conversa apenas entre duas pessoas.

Outras duas funcionalidades importantes do Snapchat são os filtros e máscaras permitem uma linguagem leve, jovem, e inspirada nos memes. Desta forma, as marcas mais vinculadas ao bom humor podem encontrar vantagens. Mostrar os bastidores tem que ser sempre uma coisa leve e feita para mostrar que somos humanos, como aqueles vídeos de erros de gravação que até hoje passam na TV. A “cereja do bolo” que o aplicativo oferece é o Geofiltro. É como se fosse um selo que estampa na imagem em que lugar a pessoa está. Existem marcas já criadas para cidades, mas as marcas podem criar seus próprios filtros, como um tipo de anúncio que gera engajamento. É uma ferramenta que pode gerar muito resultado para restaurantes e parques, por exemplo, além de vários tipos de eventos.

13 junho, 2016

RH: INOVANDO NO JEITO DE ENSINAR, TRANSFORMANDO PESSOAS!

Certo dia, você entra em determinada sala de aula e encontra novos alunos, ainda tímidos e perdidos... mas como bom profissional de RH, nosso papel é inspirar e transformar pessoas, por meio de conteúdos de qualidade e aspectos comportamentais. Falar de Gestão de RH, envolve preparar bem estes alunos não só para o mercado, mas também para a vida.

Assim, concluímos o primeiro semestre deles na faculdade. E que venham novas e novas histórias para se contar e novos desafios a se conquistar!


10 junho, 2016

Inteligência emocional: um diferencial competitivo*

* Por Elizangela Gonçalves

Diferencial competitivo são atributos que o tornam o único e superior aos seus principais concorrentes. Tratam-se das suas habilidades, competências e atitudes. O que a Inteligência Emocional tem a ver com isso? Pesquisas apontam cada vez mais que a atitude de uma pessoa é um melhor indicativo de sucesso do que o QI (Quociente de inteligência).



O mar não está para peixe, o mercado de trabalho busca funcionários com algum diferencial competitivo, a inteligência emocional torna-se um diferencial para as pessoas que sabem utilizá-las.

Pessoas que tem percepção de suas emoções, que saibam empregá-las facilitando raciocínio lógico, entendendo e controlando-as e adequando-as quando necessário para qualquer situação se destacam na multidão.

Como alcançar esse diferencial ? Aí vão algumas dicas de aperfeiçoamento:

Autoconhecimento - Se conhecer é o primeiro passo para detectar defeitos e qualidades, é preciso investir em suas  aptidões.

Estar aberto a mudanças - Se a vida lhe oferecer um limão, faça uma limonada, muitas vezes o que parece um infortúnio é uma benção disfarçada, uma mesma situação tem sempre dois lados, se as coisas não saíram como planejado crie novas metas, se planeje, se mova, só não vale ficar parado.

Xô insegurança - Esqueça tudo que não deu certo em sua vida, RG não é destino, ter uma identidade positiva de si mesmo é o primeiro passo para o sucesso, se desapegue do passado.

Escute as pessoas - Ouvir significa receber uma informação involuntariamente, não temos poder sob o ouvir. Escultar significa ter atenção a um som e atribuir a ele um significado, quantas vezes você realmente escutou alguém? . Quando for conversar aprenda a focar somente com quem está dialogando com você, esqueça o ambiente em sua volta.

Jogo de cintura - Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mais o que melhor se adapta as mudanças,  o que essa frase chiclê tem a dizer ? Aprenda a ser flexível, você pode não gostar de determinada situação, mais sabe como lidar com ela, lida com problemas mais difíceis sem se abalar facilmente.

Jogue fora seus julgamentos - Pare de julgar as pessoas, fazer comparações, esses comportamentos não te levam a lugar nenhum, fale daquilo que você viu, não propague aquilo que não tem conhecimento pleno de verdade, antes de agir use a regra: E se fosse comigo? Se colocar no lugar do outro, evita muitos problemas de fofoca, picuinhas que nenhum gestor procura em seu ambiente de trabalho, tenha empatia.

09 junho, 2016

Crise: você pode fazer a diferença*

* Por Manoel de Oliveira

Todos podemos fazer a diferença no momento atual em que vivemos. Acredite!


Todas as pessoas, inclusive você, podem fazer a diferença no momento atual que se passa a nossa nação. Você não precisa ser um famoso, uma pessoa que nunca errou, nunca falhou. Você não precisa ser perfeito, rico, alguém que cursou as melhroes escolas e faculdades. Você pode fazer a diferença. O que precisamos é de atitude. Atitudes afetam a maneira como vivemos a vida. Neste momento de adversidade, necessário se faz observar e ter uma boa atitude. Neste momento de crise, o que vale é como olhamos para a vida, e a nossa atitude através do que olhamos isso irá determinar a nossa história.

Sempre houve crise, não é algo recente, só que os acontecimentos dos anos que se passaram pode leva-nos a ter uma visão e perspectiva de vida muito inferior daquele que sempre sonhamos.

Para vencermos este momento de adversidade, será preciso tirar dos nossos ombros, da nossa mente as crenças negativas. Não vamos produzir em paz enquanto essas crenças limitantes não forem removidas da nossa vida. Nós podemos viver até certo ponto sendo submetidos a uma sobrecarga dessas crenças, mas é impossivel produzir plenamente se não formos aliviados dela. Talvez você neste momento em que está vivendo, sente uma carga negativa muito forte, e talvez seja este motivo que não consegue criar algo que trará de volta o sucesso que tanto deseja.

Já ouvi um slogan que dizia: "Crise se vence com trabalho". Hoje eu acrescentaria que: Crise se vence com trabalho e com atitudes positivas. Deve entender que qualquer avanço que você consiga realizar, seja grande ou pequeno, irá contra a corrente, irá contra a crise.

Não desejo fazer com que você sinta-se confortavél com a crise, mas que, veja diante da crise uma oportunidade de renascer.

Ante de nos livrar da crise, é preciso endireitar a nossa atitude. Todos podemos fazer a diferença. Acredite!

08 junho, 2016

AQUILO QUE OUVIMOS EM SALA...

Deixar uma marca, um legado... papel de um professor que busca dar o melhor para o seus alunos e orientá-los para a vida!


07 junho, 2016

Como ser inovador e prever tendências de sucesso*

* Por Alessandro Berio

Ainda que ninguém tenha superpoderes para adivinhar qual será a próxima moda, existem algumas estratégias que podem ser tomadas para aprimorar essa habilidade



Inovar deixou de ser um diferencial e hoje é um pré-requisito principalmente para quem está abrindo um novo negócio. Em um mundo onde as mudanças são constantes e a concorrência é grande, a necessidade de estar um passo à frente é cada vez maior. Nesse sentido, se diferencia aquele profissional que consegue prever tendências e antecipar que tipo de novidades o consumidor está esperando.

Ainda que ninguém tenha superpoderes para adivinhar qual será a próxima moda, existem algumas estratégias que podem ser tomadas para aprimorar essa habilidade. Apesar do paradoxo, o grande segredo para identificar o que há no futuro é estudar o passado e, principalmente, o presente. Isso porque pode existir um padrão que seja replicável ao futuro.

Assim, quem deseja adquirir essa habilidade precisa estar totalmente antenado no que está acontecendo no seu mercado, entender o que é possível fazer dentro daquele nicho que ainda não foi feito. Aliás, não basta apenas enxergar o momento, é preciso compreender porque as coisas estão como estão e que fatos anteriores justificam o presente.

Só assim será possível encontrar soluções realmente criativas, que tragam um benefício tangível e resolvam um problema real na vida das pessoas. Como exposto no livro clássico sobre o assunto, "The Innovator's Dilemma" de Clayton Christensen, não basta para um iniciante num mercado maduro trazer uma inovação pequena como diferencial. Para competir com os players estabelecidos, a startup tem que trazer uma inovação dez vezes melhor do que o que já existe. Os exemplos clássicos são os CD X MP3, telefones X celulares, livrarias X Amazon e mais recentemente taxis X Uber's ou hotéis X AirBnb.

Se colocar no lugar do cliente é outro exercício fundamental para antecipar tendências. Por mais que pareça simples, são poucos que conseguem ter esse poder de empatia. Não se trata apenas de imaginar o que as pessoas querem, mas desprover-se das suas certezas, fazer pesquisas de mercado e, principalmente, ouvir o consumidor. Neste sentido, a inovação também é um processo de experimentação e iteração. É preciso desbravar e arriscar para descobrir e conhecer novas experiências de usuários. Isso normalmente toma muito tempo e recursos.

Ser extremamente incomodado é outro passo importante para criar inovação. Quem nunca está satisfeito com o próprio produto ou serviço tende a querer sempre aprimorá-lo e, com isso, identifica possíveis melhorias antes mesmo de chegar uma demanda ou reclamação de seus clientes.

No entanto, de nada adianta enxergar onde estão as oportunidades e não saber o que fazer com essa informação. É preciso ter agilidade e precisão para transformar grandes insights em realidade. Se prever o próximo passo não é nada fácil, dar esse passo sem se desequilibrar é ainda mais complicado.

Ainda assim, é um desafio que vale à pena ser perseguido. Hoje, as empresas realmente inovadoras não são as que seguem tendências, mas as que criam novas propostas de valor e por isso se diferenciam e viram referências. Lembre-se que a inovação pode vir fora de seu mercado de atuação, seja na arte, no dia a dia, nas conversas, ou até nas observações dos problemas alheios. Portanto, vale à pena abrir os olhos, se questionar e estudar a fundo o mundo a sua volta. Quem sabe você não possa propor a próxima tendência do mercado?

06 junho, 2016

HEINEKEN: THE CLICHÈ

Cerveja e Futebol, duas paixões dos brasileiros. Duas coisas exploradas ao extremos pelo marketing das empresas. Porém, sempre há espaço para inovar e criar uma ação que explore a experiência do consumidor.

E a Heineken fez isso por meio de uma ação promocional para a final da Champions League de 2016!



Como não amar o Marketing?

03 junho, 2016

A ARTE DE ENCANTAR O CLIENTE!

Você se lembra de alguma vez você já foi a algum lugar e não foi bem atendido? Como foi a sua reação? Pois é... No mercado a máxima "o cliente é REI!" e ele sempre tem razão! Esse ditado tem uma função muito forte no atendimento e muitas vezes a empresa se baseia nisso para desenvolver suas ações de venda.



O que muita empresa esquece é que encantar o cliente não é simplesmente atender bem e ponto final. Encantar o cliente deve ser um princípio que toda empresa deve seguir para alavancar sua posição no mercado e isso envolve não só a linha de frente mas toda a organização!

Ver a empresa como um centro de excelência e encantamento ao cliente é fundamental e envolve, principalmente, uma gestão orientada para resultados. Para isso, todos os membros da organização devem estar engajados e treinados: a arte de encantar o cliente começa com um simples sorriso ou um atendimento cordial pelo telefone.

Estas atividades não devem ser orientadas apenas para o público externo. Encantar o cliente interno também deve ser uma atitude da organização que busca resultados, afinal o cliente interno encantado vai, sem nenhuma dúvida, encantar o cliente externo. A empresa deve encarar todos seus colaboradores como vendedores e prepará-los para todas as situações, valorizando, treinando e mostrar diversas possibilidades de realizar seus procedimentos.

Ou seja, funcionários encantados e valorizados são a mola mestra para uma organização de sucesso!


02 junho, 2016

‘A paixão pelo que você faz envolve a equipe’*

* Por Claudio Marques


O espanhol Fernando Apezteguia, hoje com 45 anos, é graduado em economia pela Universidade de Deusto, em Bilbao, no País Basco. Em seguida, emendou uma pós-graduação em finanças na Universidade de Pepperdine, na Califórnia, Estados Unidos, onde acabou iniciando sua carreira. Primeiro numa empresa de medicina nuclear, depois na área financeira do American Express. Precisou voltar para a Espanha, por questões familiares. Lá, trabalhou na área financeira da tradicional varejista El Corte Inglés. Mas estava insatisfeito e aceitou o convite de uma colega para ir para a DRM Consulting. Foi uma escolha acertada. Está há 16 anos na empresa, que em 2006 passou a se chamar Everis. A consultoria é especializada em negócios e tecnologia. Na companhia, Apezteguia já atuou como consultor na área bancária na Espanha, Chile, Brasil – durante três anos –, Inglaterra e Alemanha. De volta à Espanha, em 2008, recebeu um convite que marcou uma virada em sua carreira. Montar uma filial da Everis em Bilbao. Deu certo – gostou tanto da experiência, que se refere ao escritório de filho. Há um ano, voltou ao Brasil, agora como CEO da empresa, que tem 13 mil funcionários nos 13 países onde atua, faturou ¤398 milhões no último ano fiscal, sendo que ¤ 52 milhões vieram no Brasil. A seguir, trechos da conversa.

O desafio
Em 2008, a companhia me deu um desafio completamente novo para mim: a implantação de uma filial da empresa no norte da Espanha, em Bilbao. A região sempre foi uma das mais ricas, com grandes empresas, mas não tínhamos presença lá. Eu fui. Foi uma mudança muito grande para mim, porque eu sempre tinha trabalhado com banco, e agora era para trabalhar com setores desconhecidos como o setor público, a indústria de manufatura e de saúde, mundos completamente diferente. Foi um aprendizado muito legal. Foi uma das experiências mais lindas que já tive na vida e ao mesmo tempo uma das mais complicadas, porque implicava desde conseguir uma sala para trabalhar, contratar o primeiro funcionário e tudo mais. É como se fosse seu filho.

Novas responsabilidades
Passei quatro anos em Bilbao. Com um crescimento legal, eu deixei aquele meu filho e comecei a tomar outras responsabilidades dentro da empresa e virei responsável global pelo setor de bancos. Hoje, temos escritórios na Europa, Espanha, Portugal, Itália, Bélgica, Inglaterra e no continente americano indo desde Chile, Argentina, Brasil, Colômbia, Peru, México e Estados Unidos. Fiquei três anos no posto, e há um ano tive a oportunidade de voltar ao Brasil como responsável pela operação local. Foi um presente da vida, porque eu havia tido uma experiência muito boa naquela época em que morei três anos aqui.

Risco e avaliação
Às vezes é melhor não avaliar demais os riscos, porque se você avalia demais, você não faz as coisas. Se eu houvesse avaliado, naquela metodologia super perfeita de avaliação de risco, provavelmente eu não teria ido para Bilbao. E foi ótimo. Foi uma experiência super boa e com um resultado ótimo para a empresa e para mim.

Paixão
Quando você tem vontade, tem paixão por fazer as coisas, você não só se envolve, mas também envolve as pessoas a sua volta, isso é muito importante. Penso que eu tenho essa qualidade. Às vezes eu sou muito chato, eu sei, mas quando vejo uma coisa e entendo as suas possibilidades, eu me motivo muito, fico muito empolgado e levo as pessoas a fazerem isso também. Assim é como eu me avalio, não sei como a empresa me avalia.

Outras culturas
Trabalhar em outros países enriquece muito. Você aprende a lidar com culturas diferentes mesmo pensando que são muito similares. O jeito de pensar, de trabalhar, de se relacionar, de fazer negócios. Coisas tão simples tais como quando falar de negócios durante um almoço, no início ou no final? Existem diferenças de approach, de como você leva uma reunião. Os tempos nas decisões são diferentes nos diferentes países. Isso tudo enriquece muito e abre a cabeça para você olhar uma realidade sempre de diferentes pontos de vista. E uma das coisas, que provavelmente seja resultado de tudo isso, é que eu não tenho certeza de nada. Porque uma realidade pode ter diferentes visões. Isso eu acho que é o grande aprendizado. E, sem dúvida, acho que ajuda muito em tudo na vida.

Brasil
Penso que não só no Brasil, mas mundialmente, estamos numa mudança de era. Por exemplo, a tecnologia está fazendo com que a população peça transparência. É transparência com o governo, com o banco, com o plano de seguro, com tudo. Isso está levando a que todos os modelos que existem sejam questionados. Então, temos de mudar e as empresas têm de mudar. E o Brasil está no meio de uma mudança mundial, de era, e ao mesmo tempo em uma mudança por causa da crise. É um momento super interessante. Existem muitos talentos aqui no Brasil, há pessoas com ideias muito boas, que estão fazendo mudanças super interessantes e eu acho que o momento é muito legal no País, apesar da crise.

O profissional
Para enfrentar esse quadro, o profissional precisa de mais flexibilidade. Esse negócio de ‘eu sou treinado para fazer X e sempre vou fazer esse tipo de trabalho’, é preciso se formar para ter mais flexibilidade. Sem dúvida, devemos ter uma atualização total em ferramentas tecnológicas para entender esse novo mundo que vai mudar nossa realidade de trabalho. Tudo isso requer mais flexibilidade – é o desafio de nós todos. No meu caso, eu tenho de me adaptar muito. Provavelmente, as novas gerações, não. Já estão crescendo e se formando em uma realidade diferente. Mas para nós era um pouco ‘você se forma para fazer um trabalho e você vai fazer esse trabalho a vida inteira.’

Colaborador
Eu quero pessoas empolgadas, que vão ficar apaixonadas pelo que vão fazer. Esse para mim é um dos ingredientes mais importantes. Sem dúvida, capacitação, e essa flexibilidade. E pessoas com paixão. E eu encontro muitos talentos desse tipo aqui no Brasil.

01 junho, 2016

Por que algumas empresas perdem seus melhores colaboradores — e outras não*

* Por Matheus de Souza

Um tal de Steve Jobs disse uma vez que "o que acontece na maioria das companhias é que você não mantém as ótimas pessoas em ambientes de trabalho onde a realização individual é desencorajada ao invés de encorajada. As ótimas pessoas saem e você acaba com a mediocridade". Pois então, neste artigo dou minha visão a respeito do porquê de isso acontecer.


Esses dias eu estava conversando com um amigo que está no processo de perder um de seus melhores funcionários para um concorrente maior e mais conhecido. Ele não estava feliz com isso, mas apoiou a decisão do seu colaborador que, adorava trabalhar na empresa, mas a oportunidade era muito boa para ser rejeitada.

Se alguém deixa sua empresa numa situação como esta, de crescimento profissional por parte do colaborador, ok. É a lei natural do mercado. Você inevitavelmente perderá bons funcionários por isso.

No entanto, este não é o maior motivo pelo qual as pessoas estão deixando as empresas. Provavelmente você conhece mais de uma pessoa em seu círculo social que está insatisfeita com o trabalho. Os motivos são variados. Da remuneração ao chefe sem noção, passando pela falta de reconhecimento e terminando em reuniões desnecessárias que terminam com tapinhas nas costas. E, claro, há o grupo dos empreendedores. Aqueles que largam tudo e arriscam abrir seu próprio negócio.

A questão é: se todos louvam o ambiente de trabalho de corporações como Google e Facebook, por que as empresas continuam perdendo funcionários pela má gestão de pessoas? Você não precisa ter uma sala de jogos e patinetes para se locomover de um setor para outro, mas penso que estas quatro pequenas ações abaixo vão te ajudar a não perder seus melhores colaboradores. Acredite, tapinhas nas costas e pão e circo não estão na lista. As pessoas querem se sentir parte do negócio.

Inclusão

Os colaboradores (especialmente os acima da média) gostam de sentir que são parte integrante do sucesso da empresa.

Existem duas boas maneiras de fazer isso:

Deixe as pessoas saberem o que está acontecendo e o porquê de estar acontecendo;
Dê liberdade e influência para tomadas de decisão.
Então, em primeiro lugar, seja honesto. Nada de sussurros pelo corredor. Isso gera um clima de incerteza. É uma sensação horrível descobrir notícias ruins da sua empresa através de um jornal. Certifique-se de informar seus funcionários tanto das coisas boas quanto das ruins. Aquele papo de “na alegria e na tristeza”.

Em segundo lugar, inclua os colaboradores nos processos de tomada de decisão sempre que puder. Nunca — nunca mesmo — tome uma decisão importante de forma unilateral. Peça a opinião de seus melhores colaboradores. Faça-os se sentirem parte do negócio. Lembre-se que seus subordinados são seus colegas. O sucesso deles é o seu, e vice e versa.

Apoio

Tenho um conhecido que diz ter tido no máximo cinco conversas com seu chefe este ano (estamos em maio). Três pelo telefone. A mensagem parece ser clara: faça seu trabalho e não me incomode. Obviamente, ele está procurando outro emprego.

Apoiar seus colaboradores e mostrar satisfação com seus sucessos é uma maneira de mantê-los motivados. Forneça os recursos necessários para que eles se desenvolvam da melhor maneira possível. Perceba quais são suas maiores habilidades e invista nelas. Encontre maneiras de ajudá-los a crescer.

"As pessoas criativas, que são as que cuidam com paixão, têm que convencer cinco níveis de administração de que o que elas sabem é o que realmente é a coisa certa a fazer". Steve Jobs

Ofertas de trabalho

Pessoas acima da média gostam de desafios. Se você perceber que seu colaborador pode ir além, não o deixe muito tempo fazendo as mesmas coisas. Isso o irá desmotivar — e muito. Seja claro quanto ao plano de carreira da sua empresa — por favor, me diga que ela tem um — e incentive seus funcionários a buscarem a evolução constante.

Reconhecimento

Esqueça os tapinhas nas costas. A maioria das pessoas quer ser reconhecida por suas contribuições, ideias e trabalho duro. É muito simples deixar aqueles que trabalham com você cientes que você reconhece seus esforços e resultados. Envie um email inesperado mostrando sua gratidão, tenha uma conversa informal na hora de pegar um café. Você não precisa necessariamente se trancar numa sala e dizer isso pra ele.

"Meu modelo de negócio são os Beatles. Eles equilibravam um ao outro, e o total era maior do que a soma das partes. É como eu vejo os negócios: grandes coisas em termos de negócios nunca são feitas por uma pessoa. São feitas por uma equipe de pessoas". Stebe Jobs

Você pode ter notado que todas as quatro dicas requerem uma boa gestão e liderança, além de uma cultura empresarial que inclui honestidade e clareza. Então, se sua empresa não se encaixa nessa descrição, comece do começo.